terça-feira, 31 de agosto de 2010

confusion in her eyes that says it all

Dormia para fugir, mas tinha medo do seu subconsciente. A realidade de seus pensamentos, porém, era pior. Às vezes a vida parecia memso um pesadelo.
Tinha ciência da vida que lhe era tirada a cada minuto, que eventualmente levaria à morte, da liberdade que lhe era tomada, para sempre acorrentada estaria àquele vício doentio. Dor, mágoa, sensação de perda do controle, controle esse que ela sempre tivera e agora, de súbito, desaparecia a sua frente, para nunca mais.
Sentia seu sangue fresco correndo pelas veias, desejava unhas lhe arranhando as costas, nenhuma dor seria pior do que aquela que estava sentindo, o desespero que esgasgava cortava como o vento frio lá fora. E sempre era tudo tão frio, agora que ele fora embora.
Jogada ao chão, em meio a lágrimas e sonhos quebrados como espelhos, não podia acreditar no que a realidade trazia à tona, no que suas pupilas cansadas constatavam. Ele prometera ficar, ajudá-la. Agora, a necessidade de ter uma mão para segurar, o segredo que a ele confessara, tudo perdido. Era, de fato, seu fim.

She's lost control again.

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